A revista Época, na edição de 05 de Março de 2012, traz a história de Gustavo Haddad, 17 anos, que mora em São José dos Campos, em São Paulo. Já ganhou mais de 50 medalhas em olimpíadas estudantis. Foi aprovado na Universidade de São Paulo (USP), no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), no Instituto Militar de Engenharia (IME) e na Universidade Harward, nos EUA.
Gustavo conta como se preparou para entrar em algumas das universidades mais disputadas: "A culpa de tudo foi a professora Soraya, que me dava aulas de matemática na 6ª série em São José dos Campos, interior de São Paulo. Ela percebeu que eu aprendia rápido e me incentivou a participar da minha primeira olimpíada. Apesar de ser voltada para alunos mais velhos, 7ª e 8ª séries, levei o ouro para casa. Por causa desses resultados, ganhei uma bolsa integral para o ensino médio no Colégio Objetivo. Participei de mais de 50 olimpíadas, incluindo sete internacionais, de matemática, física, química e até linguística.
Adoro estudar, mas sempre tive uma vida social equilibrada. Durante a semana, ficava estudando de cinco a onze horas por dia depois das aulas. Só fazia intervalo para assistir House e Law & Order. Nos fins de semana, curtia jogar bola, viajar, surfar, ir ao cinema e a balada. Nunca namorei sério, mas já fiquei com algumas meninas.
Para memorizar melhor os conteúdos, criava associações entre as disciplinas. Quando estuda as teorias de um físico, pensava no momento histórico em que ele viveu. Com essa interdisciplinaridade, aprendi que a matemática não se resume a números, a biologia a nomes e a história a datas. Também ensaiava dar aulas sozinho no meu quarto, para organizar o raciocínio. Fiz um curso de leitura dinâmica que aumentou minha velocidade de absorção das matérias. A avaliação das universidades americanas é completamente diferente das nossas. Lá tudo conta: hobbies, viagens, opiniões e recomendações de professores, além das notas das provas. Eles gostam de pessoas versáteis. Tive de fazer uma entrevista em inglês com um gestor da universidade por Skype. O contato com estudantes de diversos países nas ollimpíadas me ajudou a praticar inglês."
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